Avaliação das temperaturas mínimas e máximas para eventos de friagem no Pantanal

Autores

  • Müller Júnior Martins dos Santos Universidade Federal de Pelotas
  • Luciana Barros Pinto Universidade Federal de Pelotas
  • Gabriela Barbosa Irribarem Universidade Federal de Pelotas
  • Lucas Fernando Carvalho da Conceição Universidade Federal de Pelotas
  • Carolina de Aguiar Monteiro Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.24221/jeap.2.4.2017.1460.430-438

Palavras-chave:

Climatologia

Resumo

Apesar da importância do Pantanal, estudos sobre friagens na região são escassos na literatura. Vários estudos são orientados para a região amazônica, mostrando menos influência em relação ao Pantanal. O estudo objetivou avaliar eventos de friagem no Pantanal, com base na distribuição anual e mensal dos eventos, considerando o El Niño e o comportamento das temperaturas mínimas e máximas, em Coxim-MS. Foram identificados 75 eventos em 294 dias sob efeito de friagem. A maior frequência anual ocorreu em 2009 e 2010, totalizando 12 eventos para cada ano, coincidindo com o período de El Niño ativo. A maior frequência mensal ocorreu em agosto, totalizando 16 eventos. Foi relatada uma média de dois dias, com queda de temperatura, em decorrência da friagem e, posteriormente, acréscimo na temperatura máxima e decréscimo na temperatura mínima nos dias seguintes. O maior número de sistema frontal anual não implicou em um número maior de dias frios. Julho de 2013 apresentou o menor valor de temperatura mínima no período. Valores com reduções significativas de temperatura, em relação à normal climatológica não apresentaram menores temperaturas mínimas e máximas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AMORIM NETO, A. C. 2013. Estrutura e evolução de frentes frias intensas na região amazônica brasileira. Tese (Doutorado) Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus. 182p.

BJERKNES, J. 1919. On the structure of moving cyclones. In: Monthly Weather Review, v. 47, n. 2, p. 95-99.

BRINKMANN, W. L.; WEINMAN, J. A.; GOES RIBEIRO, M. N. 1971. Air temperature in central Amazonia I. In: Acta Amazonica, v. 1, n. 1, p. 51-56.

BRINKMANN, W. L.; GOES RIBEIRO, M. N. 1972. Air temperature in central Amazonia III. In: Acta Amazonica, v. 2, n. 3, p. 27-32.

CAVALCANTI, I. F. A.; KOUSKY, V. E. 2009. Frentes frias sobre o Brasil. In: CAVALCANTI, I. F. A; FERREIRA, N. J.; SILVA, M. G. A. J.; DIAS, M. A. F. S. (org.) Tempo e Clima no Brasil. 1ed. São Paulo: Oficina de Textos. v. 1, pp. 133-147.

CLIMANÁLISE. Boletim Climanálise. Disponível em: http://climanalise.cptec.inpe.br/~rclimanl/boletim. Acesso em: 10 mai. 2016.

ESCOBAR, G. C. J. 2007. Padrões sinóticos associados a ondas de frio na cidade de São Paulo. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 22, n. 2, p. 241-254.

FARIAS, S. E. M.; CHAN, C. S. 2006. Simulação das características micrometeorológicas para o Pantanal sul-mato-grossense. In: Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, 1. 2006, Campo Grande-MS. Anais do.... Embrapa Informática Agropecuária/INPE, pp. 57-66.

FEDOROVA, N.; CARVALHO, M. H. 2000. Processos sinóticos em anos de La Niña e de El Niño. Parte 11: Zonas frontais. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 15, n. 2, p. 57-72.

FERNANDES, B. M. 2014. Estudo de friagem na região do Pantanal. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação, Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. 66p.

FISCH, G. F. 1996. Camada limite amazônica: aspectos observacionais e de modelagem. Tese de Doutorado, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. São José dos Campos, São Paulo, Brasil. 180p.

FORTUNE, M. A.; KOUSKY, V. E. 1983: “Two severe freezes in Brazil: Precursors and synoptic evolution”, M.W.R., v. 109, p. 599-610.

GAN, M. A.; RAO, V. B. 1991: Surface Cyclogenesis over South America, Mon. Weath. Rev., v. 119, p. 1293-1302.

GARCIA, E. A. C. 1986. Estudo técnico-econômico da pecuária bovina de corte do Pantanal Mato-Grossense. Embrapa-CPAP. Documentos, 4. Corumbá, Mato Grosso do Sul, Brasil. 150p.

GARREAUD, R. D. 2000. Cold air incursions over subtropical South America: mean structure and dynamics. Monthly Weather Review, v. 128, n. 7, p. 2544-2559.

GRADELLA, F. S. 2008. Aspectos da dinâmica hidroclimática da Lagoa Salina do Meio na fazendo Nhumirim e seu entorno, Pantanal da Nhecolândia, MS, Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Aquidauana, Mato Grosso do Sul, Brasil. 75p.

HAMILTON, M. G.; TARIFA, J. R. 1978. Synoptic aspects of a polar outbreak leading to frost in tropical Brazil, July, 1972. Monthly Weather Review, v. 106, n. 11, p. 1545-1556.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mapa de Biomas e de Vegetação. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php. Acesso em: 05 abr. 2004.

INMET. Instituto Nacional de Meteorologia. Disponível em: http://www.inmet.gov.br/projetos/rede/pesquisa/. Acesso em: 04 jan. 2016.

LONGO, M.; CAMARGO, R.; SILVA DIAS, M. A. F. 2004. Análise das Características Dinâmica e Sinóticas de um Evento de Friagem Durante a Estação Chuvosa no Sudoeste da Amazônia. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 19, n. 1, p. 59-72.

MAGALHÃES, N. W. 1992. Conheça o Pantanal. São Paulo: Terragraph, 390p.

MARENGO, J. A.; NOBRE, C.; CULF, A. D. 1997. Climatic impacts of “friagens” in forested and deforested areas of the Amazon basin. Journal of Applied Meteorology, v. 36, n. 11, p. 1553-1566.

NIMER, E. 1989. Geografia do Brasil-Região Centro-Oeste. Rio de Janeiro, IBGE, v. 1, p. 23-34.

OLIVEIRA, P. J.; ROCHA, E. J. P.; FISCH, G.; KRUIJT, B.; RIBEIRO, J. B. M. 2004. Efeitos de um evento de friagem nas condições meteorológicas na Amazônia: um estudo de caso. Acta Amazonica, v. 34, n. 4, p. 613-619.

PINTO JR., S. C.; SILVA, C. A. 2012. A dinâmica climática do Mato Grosso do Sul e as queimadas do ano de 2009: uma análise têmporo-espacial a partir das Imagens do NOAA-15. Acta Geográfica, v. Ed. Especial, pp. 223-237.

RODELA, L. G. 2006. Unidades de vegetação e pastagens nativas do Pantanal da Nhecolândia, Mato Grosso do Sul. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo. São Paulo, São Paulo, Brasil. 222p.

SANTOS, M. J. M.; CONCEICAO, L. F. C.; MONTEIRO, C. A.; PINTO, L. B. 2016. Fenômeno intenso de friagem em julho de 2013 em Coxim-MS, norte do Pantanal: análise do ambiente sinótico. XXV Congresso de Iniciação Científica. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.

SATYAMURTY, P.; FONSECA, J. F. B.; BOTINO, M. J.; SELUCHI, M. E.; LOURENÇO, M. C. M.; GONÇALVES, L. G. 2002. An early freeze in southern Brazil in April 1999 and inst NWP guidance. Meteorol. Appl., v. 9, n. 1, p. 113-128.

SELUCHI, M. E. 2009. Geadas e Friagens. In: CAVALCANTI, I. F. A; FERREIRA, N. J.; SILVA, M. G. A. J.; DIAS, M. A. F. S. (org.) Tempo e Clima no Brasil. 1 ed. São Paulo: Oficina de Textos. v. 1, p. 149-167.

SERRA, A.; RATISBONNA, L. 1960. As massas de ar da América do Sul: 1ª e 2ª partes. Revista Geográfica, Rio de Janeiro, Instituto Panamericano de Geografia e História, v. 51-52, p. 1959-1960.

SILVA J. S. V.; ABDON, M. M. 1998. Delimitação do Pantanal brasileiro e suas sub-regiões. EMBRAPA, v. 33 (Especial), p. 1703-1711.

Publicado

2017-10-05

Como Citar

Santos, M. J. M. dos, Pinto, L. B., Irribarem, G. B., Conceição, L. F. C. da, & Monteiro, C. de A. (2017). Avaliação das temperaturas mínimas e máximas para eventos de friagem no Pantanal. Journal of Environmental Analysis and Progress, 2(4), 430–438. https://doi.org/10.24221/jeap.2.4.2017.1460.430-438