Estimativas de perda de solo por erosão hídrica para o município de Serra Talhada, PE

Autores

  • Alexandre Maniçoba da Rosa Ferraz Jardim Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST).
  • George do Nascimento Araújo Júnior Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST).
  • Marcelo José da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST).
  • José Edson Florentino de Morais Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
  • Thieres George Freire da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST).

DOI:

https://doi.org/10.24221/jeap.2.3.2017.1416.186-193

Palavras-chave:

Precipitação pluvial, erodibilidade, Planossolo, Argissolo.

Resumo

Alterações de ecossistemas naturais em ambientes degradados aumentam anualmente devido a necessidade de produção de alimentos. A quantificação das perdas de solo por erosão hídrica em áreas agrícolas é de fundamental importância. Nesse sentido, objetivou-se estimar as perdas de solo por erosão hídrica em diferentes períodos de séries provisórias pluviais em dois tipos de solo no município de Serra Talhada, PE. O estudo foi realizado considerando os dados de duas áreas, uma com um Planossolo Háplico e outro com um Argissolo Vermelho-Amarelo. As áreas eram compostas por uma parcela experimental de 100 m de comprimento de rampa, com declividade de 5% para o Planossolo e de 3% para o Argissolo. A perda de solo foi estimada através da USLE no intervalo de 1996 a 2015, sendo subdividido em quatro períodos: Período I (1996-2015), Período II (2001-2015), Período III (2006-2015) e Período IV (2011-2015). Os valores considerados para o manejo do solo (C) e para práticas de suporte do solo (P) foram de 0,080 e 0,5, respectivamente. A precipitação pluvial para a série avaliada (1996 a 2015) apresentou média de 600,62 mm. Os índices de erosão (EIm) do Planossolo e Argissolo foram considerados fracos. O fator de erosividade da chuva (R) foi de 420,89 MJ mm ha-1 h-1 ano-1, acarretando em uma perda de solo de 5,04 e 2,75 Mg ha-1 ano-1, no Período II. Dessa forma, concluiu-se que o Planossolo Háplico é mais suscetível a perda de solo que o Argissolo Vermelho-Amarelo sob a climatologia do município de Serra Talhada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre Maniçoba da Rosa Ferraz Jardim, Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST).

Engenharia Agronômica, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST). Mestrando em Produção Vegetal, Unidade Acadêmica de Serra Talhada, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE/UAST).

George do Nascimento Araújo Júnior, Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST).

Engenharia Agronômica, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST). Mestrando em Produção Vegetal, Unidade Acadêmica de Serra Talhada, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE/UAST).

Marcelo José da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST).

Graduando em Agronomia, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST). Bolsista de Iniciação Científica.

José Edson Florentino de Morais, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

Engenheiro Agrônomo, Doutorando em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Thieres George Freire da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST).

Engenheiro Agrônomo, Doutor em Meteorologia Agrícola, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Professor Adjunto IV da Área de Meteorologia Aplicada à Ciências Agrárias, Ambientais e Exatas

Referências

ALBUQUERQUE, A. W. MOURA FILHO, G.; SANTOS, J. R.; COSTA, J. P. V.; SOUZA, J. L. 2005. Determinação de fatores da equação universal de perda de solo em Sumé, PB. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.9, n.2, p.153-160.

ALMEIDA, J. D. M.; SOUZA, J. O. P.; CORRÊA, A. C. B. 2016. Dinâmica e caracterização fluvial da bacia do riacho grande, Serra Talhada – PE: Abordagem da conectividade da paisagem. Geo UERJ, v.1, n.28, p.308-331.

ALVARES, C. A.; STAPE, J. L.; SENTELHAS, P. C.; GONÇALVES, J. L. M.; SPAROVEK, G. 2013. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v.22, n.6, p.711-728.

AMARAL, B. S. D. 2016. Análise espacial das perdas de solo no estado da Paraíba. Monografia (Bacharelado em Geografia) Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, Brasil. 57p.

BARROS, P. P. S.; FIORIO, P. R.; MARTINS, J. A.; DEMATTÊ, J. A. M. 2016. Comparison between use and occupancy and soil loss, in the years 1995 and 2010, in the Ceveiro watershed. Revista Ambiência, v.12, n.2, p.513-523.

BERTONI, J.; LOMBARDI NETO, F. 2012. Conservação do solo. 8. ed. São Paulo: Ícone.

CAMPOS FILHO, O. R.; SILVA, I. F.; ANDRADE, A. P.; LEPRUN, J. C. 1992. Erosividade da chuva e erodibilidade do solo no Agreste de Pernambuco. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.27, n.9, p.1363-1370.

CARVALHO, N. O. 2008. Hidrossedimentologia prática. 2. ed. Revisado e Ampliado. Rio de Janeiro: Interciência.

CHAVES, H. M. L. 2010. Incertezas na predição da erosão com a USLE: impactos e mitigação. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.34, n.1, p.2021-2029.

DENARDIN, J. E. 1990. Erodibilidade de solo estimada por meio de parâmetros físicos e químicos. Tese de Doutorado em Agronomia - Solos e Nutrição de Plantas, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, Brasil. 81p.

ELTZ, F. L. F.; MEHL, H. U.; REICHERT, J. M. 2001. Perdas de solo e água em entressulcos em um Argissolo Vermelho-Amarelo submetido a quatro padrões de chuva. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.25, n.2, p.485-493.

FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations. 1967. La erosion del suelo por el água: Algunas medidas para combatirla en las tierras de cultivo. Roma: Organization de Las Nacioes Unidas.

FIORIO, P. R.; BARROS, P. P. S.; OLIVEIRA, J. S.; NANNI, M. R. 2016. Estimates of soil loss in a GIS environment using different sources of topographic data. Revista Ambiência, v.12, n.1, p.203-216.

GUERRA, A. J. T.; SILVA, A. S.; BOTELHO, R. G. M. 2009. Erosão e conservação dos solos: conceitos, temas e aplicações. 4. ed. Rio de Janeiro. Bertand Brasil.

GUIMARÃES, C. C. B.; VALLADARES, G. S.; MARTINS, C. M. 2016. Uso das terras e declividade no Sertão central do Ceará, Brasil. Revista Nordestina de Biologia, v.24, n.1, p.3-18.

LAMBIN, E. F.; GEIST, H. J.; LEPERS, E. 2003. Dynamics of land-use and land-cover change in tropical regions. Annual Review of Environment and Resources, v.28, n.1, p.205-241.

LEPRUN, J. C. 1983. Relatório de fim de convenio de manejo e conservação do solo no Nordeste brasileiro (1982-1983). Recife: SUDENE DRN.

LOMBARDI NETO, F.; MOLDENHAUER, W. C. 1992. Erosividade da chuva: sua distribuição e relação com as perdas de solo em Campinas (SP). Bragantia, v.51, n.2, p.189-196.

MANNIGEL, A. R.; CARVALHO, M. P.; MORETI, D.; MEDEIROS, L. R. 2002. Fator erodibilidade e tolerância de perda dos solos do Estado de São Paulo. Acta Scientiarum. Agronomy, v.24, n.5, p.1335-1340.

MEDEIROS, G. O. R.; GIAROLLA, A.; SAMPAIO, G.; MARINHO, M. A. 2016. Estimates of annual soil loss rates in the state of São Paulo, Brazil. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.40, n.1, p.1-18.

OLIVEIRA, F. P.; SANTOS, D.; SILVA, I. F.; SILVA, M. L. N. 2008. Tolerância de perda de solo por erosão para o Estado da Paraíba. Revista de Biologia e Ciências da Terra, v.8, n.2, p.60-71.

OLIVEIRA, P. T. S.; WENDLAND, E.; NEARING, M. A. 2012. Rainfall erosivity in Brazil: A review. Catena, v.100, n.1, p.139-147.

PEREIRA, P. C.; SILVA, T. G. F.; ZOLNIER, S.; MORAIS, J. E. F.; SANTOS, D. C. 2015. Morfogênese da palma forrageira irrigada por gotejamento. Revista Caatinga, v.28, n.3, p.184-195.

R CORE TEAM. R: A language and environment for statistical computing. 2016. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austri.

SANTOS, H. G.; JACOMINE, P. K. T.; ANJOS, L. H. C.; OLIVEIRA, V. A.; LUMBRERAS, J. F.; COELHO, M. R.; ALMEIDA, J. A.; CUNHA, T. J. F.; OLIVEIRA, J. B. 2013. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 3. ed. rev. e ampl. Brasília: Embrapa.

SANTOS, T. E. M.; SILVA, D. D.; MONTENEGRO, A. A. A. 2010. Temporal variability of soil water content under different surface conditions in the semiarid region of the Pernambuco State. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.34, n.5, p.1733-1741.

SCHICK, J.; BERTOL, I.; BATISTELA, O.; BALBINOT JÚNIOR, A. A. 2000. Erosão hídrica em Cambissolo Húmico alumínico submetido a diferentes sistemas de preparo e cultivo do solo: I. Perdas de Solo e Água. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.24, n.2, p.427-436.

SILVA, A. M.; ALVARES, C. A. 2005. Levantamento de informações e estruturação de um banco de dados sobre a erodibilidade de classes de solos no Estado de São Paulo. Geociências, v.24, n.1, p.33-42.

SILVA, B. B.; FERREIRA, M. A. F.; SILVA, V. P. R.; FERREIRA, R. C. 2010. Desempenho de modelo climático aplicado à precipitação pluvial do Estado de Pernambuco. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.14, n.4, p.387-395.

SILVA, T. G. F.; PRIMO, J. T. A.; MOURA, M. S. B.; SILVA, S. M. S.; MORAIS, J. E. F.; PEREIRA, P. C.; SOUZA, C. A. A. 2015. Soil water dynamics and evapotranspiration of forage cactus clones under rainfed conditions. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.50, n.7, p.515-525.

THOMAZ, E. L. 2009. The influence of traditional steep land agricultural practices on runoff and soil loss. Agriculture, Ecosystems and Environment, v.130, n.1, p.23-30.

VALLADARES, G. S.; GOMES, A. S.; TORRESAN, F. E.; RODRIGUES, C. A. G.; GREGO, C. R. 2012. Modelo multicritério aditivo na geração de mapas de suscetibilidade à erosão em área rural. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.47, n.9, p.1376-1383.

WISCHMEIER, W. H.; SMITH, D. D. 1978. Predicting rainfall erosion losses: a guide to conservation planning. Washington: USDA. (Agricultural Handbook, 537).

Publicado

2017-07-31

Como Citar

Jardim, A. M. da R. F., Araújo Júnior, G. do N., Silva, M. J. da, Morais, J. E. F. de, & Silva, T. G. F. da. (2017). Estimativas de perda de solo por erosão hídrica para o município de Serra Talhada, PE. Journal of Environmental Analysis and Progress, 2(3), 186–193. https://doi.org/10.24221/jeap.2.3.2017.1416.186-193