ANÁLISE DAS RELAÇÕES SÓCIO-PROFISSIONAIS EM ORGANIZAÇÕES DO CAMPO EDUCACIONAL: IMPLICAÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Autores

  • Jamerson Kemps Moura Mestre em Antropologia e graduado em História pela UFPE Doutorando em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco e Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra / Portugal

Palavras-chave:

Teoria Social, Políticas Públicas, Gestão Democrática da Educação.

Resumo

O presente artigo apresenta uma breve revisão da teoria social e da literatura que versa sobre educação a respeito da relação entre indivíduos e organizações. Como objetivo específico, procurou-se desenvolver uma sociologia das organizações que permita iluminar as características do campo educacional em vista da implementação de políticas públicas. No caso de Pernambuco, investiga-se como as mudanças governamentais sobre o que se entende como gestão democrática da educação apresenta-se como problema no que tange a implementação dessa política, já que a mesma tende a ser interpretada de maneira difusa entre os vários atores sociais que compõem o campo. Consideramos que os objetivos impostos pelo Estado são compostos de forma hegemônica por referenciais teóricos forjados por indivíduos em contextos socioculturais diferentes, o que termina por não contemplar as características dos grupos e indivíduos que compõe o campo local.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BENZAQUEN, Júlia F. A socialização para cooperação: uma análise de práticas de educação não formal. Recife: Bagaço, NUPEP, 2007.

BOURDIEU, Pierre. Coisas ditas. São Paulo: Brasiliense, 1990.

_____. “Notre état de misere” (entrevista a Sylvains Pasquier). L’Express, 1993.

BOURDONCLE, Raymond. La professionalisation de enseignants: analyses sociologiques anglaises et américaines. Revue Française de Pédagogie, (94): 19-37, 1991.

BOURDONCLE, Raymond e DEMAILLY, Lise (org.). Les professions de l’éducation et La formation. Paris : Presses Universitaires du Septentrion, 1998. p. 7-24.

CAILLE, Alain. Nem holismo nem individualismo metodológicos: Marcel Mauss e o paradigma da Dádiva. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 13, n. 38, pp. 5-38, 1998.

CHANLAT, Jean-François. O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. São Paulo: Atlas, 2009.

_____. O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. v. 3. São Paulo: Atlas, 2010.

COHEN, Ira J. Teoria da Estruturação e Práxis Social in: GIDDENS, Anthony e TURNER, Jonathan. Teoria Social hoje. São Paulo: UNESP, 1999. p. 393-446.

COLLINS, Randall. Quatro tradições sociológicas. Petropólis: Vozes, 2009.

DaMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil?. Rio de Janeiro: Rocco, 1986.

DIAS, Reinaldo. Sociologia das Organizações. São Paulo: Atlas, 2008.

DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

_____. O Suicídio. São Paulo: Martin Claret, 2005.

ELIAS, Norbert. A sociedade dos Indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1970.

_____. O Processo Civilizador. São Paulo: Jorge Zahar, 1994.

ELSTER, John. Peças e Engrenagens das Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1989.

GIDDENS, Anthony. A constituição da Sociedade. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

GOFFMAN, E. A representação do eu na vida cotidiana. 14. ed. Petropólis: Vozes, 2007.

_____. Frame Analysis: Los marcos de La experiência. Madrid: Centro de investigaciones Sociológicas, 2006.

HOMANS, G. C. Social Behavior. Its elementary forms. New York: Harcourt, 1974.

MARTINS, Paulo H. e CAMPOS, Roberta B. C. Polifonia do Dom. Recife: EdUFPE, 2006.

MARX, K. Para a crítica da economia política do capital. São Paulo: Nova Cultural, 1996.

MAUSS, Marcel. Essais de Sociologie. Paris: Seuil, 1971.

MIGNOLO, Walter. Un paradigma outro: colonialidad global, pansamiento fronterizo y cosmoploitismo crítico In: Historias locales-diseños globales: colonialidad, conocimientos subalternos y pensamiento fronterizo. p. 19-60. Madrid: Akal, 2003.

MUDIMBE, Valentin Y. The invention of Africa: gnosis, philosophy, and the order of knowledge. London: Indiana University Press, 1988.

NÓVOA, Antonio. Para o estudo sócio-histórico da gênese e desenvolvimento da profissão docente. Teoria e Educação. Porto Alegre, (4): 109-139, 1991.

RATTON, J. Para ler John Elster: limites e possibilidades da explicação por mecanismos nas Ciências Sociais. Dados, 2002.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Uma Sociologia das ausências e uma Sociologia das emergências. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2008.

WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro. Ed. LTC, 2002.

WEBER, Silke. Profissionalização docente e políticas públicas no Brasil. Educação e Sociedade. Campinas, v. 24(85): p. 1125-1154, 2003.

Downloads

Publicado

2016-04-18

Como Citar

Moura, J. K. (2016). ANÁLISE DAS RELAÇÕES SÓCIO-PROFISSIONAIS EM ORGANIZAÇÕES DO CAMPO EDUCACIONAL: IMPLICAÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. Educação E (Trans)formação, 1(1). Recuperado de https://www.journals.ufrpe.br/index.php/educacaoetransformacao/article/view/771

Edição

Seção

Artigos