Efeito do flunixin meglumine e da somatotropina recombinante bovina sobre a taxa de prenhez de receptoras bovinas de embriões fecundados in vitro

Autores

  • J. C. F. Silva Laboratório de Biotecnologia aplicada à Reprodução Animal, DMV, UFRPE, Recife, PE, Brasil.
  • F. A. B. M. Sales Laboratório de Biotecnologia aplicada à Reprodução Animal, DMV, UFRPE, Recife, PE, Brasil.
  • L. C. Pereira Laboratório de Biotecnologia aplicada à Reprodução Animal, DMV, UFRPE, Recife, PE, Brasil.
  • S. R. L. Bastos Laboratório de Biotecnologia aplicada à Reprodução Animal, DMV, UFRPE, Recife, PE, Brasil.
  • J. C. O. Andrade Médico Veterinário Autônomo.
  • M. T. Moura Laboratório de Biotecnologia aplicada à Reprodução Animal, DMV, UFRPE, Recife, PE, Brasil.
  • P. F. Lima Laboratório de Biotecnologia aplicada à Reprodução Animal, DMV, UFRPE, Recife, PE, Brasil.
  • M. A. L. Oliveira Laboratório de Biotecnologia aplicada à Reprodução Animal, DMV, UFRPE, Recife, PE, Brasil.

Palavras-chave:

Antiluteolítico, MIV, FIV, CIV, TE

Resumo

Avaliou-se o efeito da aplicação da somatotropina bovina (bST) e do flunixin meglumine (FM) sobre as taxas de prenhez de receptoras de embriões produzidos in vitro (PIV). Utilizou-se 110 novilhas mestiças com ciclo estral regular, peso médio de 350 kg e estado de condição corporal equivalente a 3. Os ovócitos das doadoras foram coletados por aspiração folicular transvaginal guiada por ultrassom e a produção dos embriões foi realizada pela empresa InVitro®. Imediatamente antes da transferência dos embriões, as receptoras foram avaliadas, por palpação retal, quanto à presença de corpo lúteo (CL) e em seguida foram aleatoriamente distribuídas em três grupos experimentais. Os animais do G1 (n = 30) serviram como controle. Os do G2 (n = 40) receberam 500 mg de bST por via subcutânea e os do G3 (n = 40) receberam 500 mg de FM por via intramuscular. Os embriões que se encontravam no 7o dia de cultivo foram depositados no terço final do corno uterino ipsilateral ao ovário com CL presente e em seguida realizada a administração do bST e do FM. As taxas de prenhez foram de 53,33% (G1), 60,00 (G2) e de 55,00% (G3) e as de perda embrionária foram de 6,37% (G1), 7,50% (G2) e de 7,50% (G3), não havendo diferença (P > 0,05). Os resultados permitem concluir que tanto o bST quanto o FM não contribuem para aumentar as taxas de prenhez e tampouco para reduzir a perda embrionária.

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Publicado

17-03-2017

Como Citar

Silva, J. C. F., Sales, F. A. B. M., Pereira, L. C., Bastos, S. R. L., Andrade, J. C. O., Moura, M. T., Lima, P. F., & Oliveira, M. A. L. (2017). Efeito do flunixin meglumine e da somatotropina recombinante bovina sobre a taxa de prenhez de receptoras bovinas de embriões fecundados in vitro. Medicina Veterinária, 8(3), 11–16. Recuperado de https://www.journals.ufrpe.br/index.php/medicinaveterinaria/article/view/1185

Edição

Seção

Artigos