Análise espaço-temporal da área de vegetação de manguezal da RESEX Marinha Baía do Iguape (BA) no período de 1993 a 2021

Autores

  • Tailan Silva Sousa Departamento de Ciências Biológicas, Centro de Ciências Agrárias Ambientais e Biológicas,Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas - BA, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7587-5405
  • Neilon Duarte da Silva UFC Engenharia, Lauro de Freitas - BA, Brasil https://orcid.org/0000-0002-5558-8898
  • Luiz Carlos de Souza Junior Departamento de Ciências Biológicas, Centro de Ciências Agrárias Ambientais e Biológicas, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas - BA, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-7973-2535
  • Taíze da Silva Sousa Programa de Pós-Graduação em Modelagem em Ciências da Terra e do Ambiente, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana -BA, Brasil https://orcid.org/0000-0003-3488-9541
  • Márcio Leandro da Silveira Fonseca Departamento de Ciências Biológicas, Centro de Ciências Agrárias Ambientais e Biológicas, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas - BA, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-3320-3678

Palavras-chave:

Sensoriamento remoto, Landsat, Classificação supervisionada, Unidade de Conservação

Resumo

O manguezal é um ecossistema costeiro, característico de regiões tropicais e subtropicais, sujeito ao regime das marés. Os objetivos deste trabalho foram aplicar técnicas de sensoriamento remoto para um diagnóstico e análise espaço-temporal das mudanças ocorridas no quantitativo de área do manguezal localizado RESEX Marinha Baía do Iguape. Foram utilizadas imagens de satélite Landsat (5 e 8), com o auxílio do ArcMap realizou as composições das bandas. A partir das áreas de treinamento (Classificação Supervisionada), foram identificadas as classes, realizando o cálculo da área de cada classe. Ao longo do período em estudo, 83,13% da área da RESEX é ocupada pela Vegetação de Manguezal. Foi verificado um aumento linear na ordem de 104,6 ha ano-1 da área de manguezal entre os anos de 1993 (2.141 ha) e 2021 (3.643 ha). Recomenda-se realizar análise multiespectral na região do infravermelho para identificação de áreas de manguezal. Nesse contexto, estrutura, densidade e zonação das espécies são fatores que podem contribuir para boa identificação via técnicas de sensoriamento remoto. Existe um aumento linear da vegetação de manguezal ao longo nos anos, indicando que a manutenção das atividades e práticas de restauração/preservação realizadas atualmente após a criação (anos 2000) da Unidade de Conservação podem contribuir para a manutenção do ecossistema. As técnicas de sensoriamento remoto permitem gerar um diagnóstico espaço temporal da vegetação de manguezal da RESEX Marinha Bahia do Iguape, evidenciando a importância de metodologias de baixo custo no diagnóstico e preservação dos biomas brasileiros.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALLEN, R. G. et al. METRICTM Applications manual v. 2.0.6. University of Idaho, Kimberly, Idaho, USA. 110p. 2010.

ALONGI, D. M. Climate Regulation by Capturing Carbon in Mangroves. The Wetland Book, p. 1-7, 2016. Springer Netherlands. http://dx.doi.org/10.1007/978-94-007-6172-8_236-5.

ALVARES, C. A; STAPE, J. L; SENTELHAS, P. C; GONÇALVES, J. L. M; SPAROVEK, G. Köppen's climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711-728, 1 dez. 2013. Schweizerbart. http://dx.doi.org/10.1127/0941-2948/2013/0507.

ÁVILA, D. D; CURBELO, E. A.; MADRIGAL-ROCA, L. J; PÉREZ-LANYAU, R. D. Variación espacio-temporal de la respuesta espectral en manglares de La Habana, Cuba, a través de sensores remotos. Revista de Biología Tropical, v. 68, n. 1, p. 321-335, 3 fev. 2020. Universidad de Costa Rica. http://dx.doi.org/10.15517/rbt.v68i1.39134.

BARBOSA, L. N; LIMA, V. G. F; FARIAS, J. F; DA SILVA, E. V. Evolução Espaço-Temporal da vegetação de mangue no estuário do rio PACOTI/Ceará. Revista Geonorte, Edição Especial 5, V.7, N.26, p.144-159, 2016.

BRASIL. Decreto s/n° de 11 de agosto de 2000. Cria a Reserva Extrativista Marinha da Baía do Iguape, nos Municípios de Maragogipe e Cachoeira, Estado da Bahia, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 11 ago. 2000.

BRASIL. Lei n° 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 18 jun. 2000.

CELIS-HERNANDEZ, O; VILLOSLADA-PECIÑA, M; WARD, R. D.; BERGAMO, T.F.; PEREZ-CEBALLOS, R; GIRÓN-GARCÍA, M. P. Impacts of environmental pollution on mangrove phenology: combining remotely sensed data and generalized additive models. Science Of the Total Environment, v. 810, p. 152309, mar. 2022. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.scitotenv.2021.152309.

COSTA, B.; AMARO, V.; FERREIRA, A. Classification of Mangrove Species in the Northeastern of Brazil Based on Hybrid Images of Remote Sensing. Anuário do Instituto de Geociências - UFRJ. 40. 135-149, 2018.

DAN, T. T.; CHEN, C. F.; CHIANG, S. H.; OGAWA, S. Mapping and change analysis in mangrove forest by using landsat I. ISPRS Annals of Photogrammetry, Remote Sensing and Spatial Information Sciences, v. -8, p. 109-116, 7 jun. 2016. Copernicus GmbH. http://dx.doi.org/10.5194/isprsannals-iii-8-109-2016.

FLORENZANO, T. G et al. Iniciação em sensoriamento remoto. 3. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. 123 p.

ICMbio, Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade. Resex Marinha da Baía do Iguape. Disponível em: https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/biodiversidade/unidade-de-conservacao/unidades-de-biomas/marinho/lista-de-ucs/resex-marinha-da-baia-do-iguape. Acesso em: 26 dez.2022.

ICMbio. Atlas dos Manguezais do Brasil / Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. – Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2018. 176 p. 5-15, 57-65.

IPCC. Climate Change 2022. Impacts, Adaptation and Vulnerability. Summary for Policymakers. Disponível em: https://report.ipcc.ch/ar6wg2/pdf/IPCC_AR6_WGII_FinalDraft_FullReport_small.pdf Acesso em: 09 mar 2022.

FERREIRA, J. M. S; FERREIRA, P. S; MORAIS, Y. C. B; GOMES, V. P; FRANÇA, L. M. A; GALVÍNCIO, J. D. Use of Techniques of Remote Sensig of Temporary Space Change Detection in Areas of Mangrove in Pernambuco. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 6, n. 3, p. 1-18, 2013. GN1 Genesis Network. http://dx.doi.org/10.5935/1984-2295.20130043.

JOHNSON, R. A.; WICHEN, D. W., 1992. Applied Multivariate Statistical Analysis. Prentice-Hall Press, London, UK. 314p.

LIU, W.T.H. Aplicações de Sensoriamento Remoto. Campo Grande: Ed. UNIDERP, 2006. 908, p.22.

MAGALHÃES, I. A. L; CARVALHO JUNIOR, O. A; SANTOS, A. R. Análise comparativa entre técnicas de Sensoriamento Remoto para mensuração da vegetação urbana no município de Alegre, ES. Revista Cerrados, v. 15, n. 01, p. 156-177, 17 mar. 2020. Universidade Estadual de Montes Claros (UNIIMONTES). http://dx.doi.org/10.22238/rc24482692v15n12017p156a177.

MATIAS, L; SILVA, M. D. Monitoramento e análise da vegetação de manguezal no litoral sul de Alagoas. Journal Of Environmental Analysis And Progress, v. 2, n. 3, p. 312-319, 31 jul. 2017. Journal of Environmental Analysis and Progress - JEAP. http://dx.doi.org/10.24221/jeap.2.3.2017.1447.312-319.

MELO, J. G. S.; SILVA, E. R.A. C.; FERNANDES, A; TORRES, M. F. A. Mangrove vegetation structure of the Capibaribe River, Recife - PE: monitoring and conservation. Journal of Hyperspectral Remote Sensing, v.3, n.4, p. 81-91. 2013.

MENESES, P. R.; ALMEIDA, TATI. (Org.). Introdução ao processamento de imagens de sensoriamento remoto. Brasília: UnB/CNPQ, 1ª ed, 266 p. 2012.

OLIVEIRA, A. C; RUBATINO, A. C; ALMEIDA, P. M; CRUZ, C. M. Mapeamento do Uso e Cobertura da Terra no Entorno da Baía de Sepertiba em apoio à Identificação de Pressões sobre os Manguezais. Mares: Revista de Geografia e Etnociências, v. 1, n. 2, p. 93-105, 2019.

PEREA-ARDILA, M. A. P; VILLAMIL, J. L; BARRERO, F. O. Caracterización espectral y monitoreo de bosques de manglar con Teledetección en el litoral Pacífico colombiano: bajo baudó, chocó. La Granja, v. 34, n. 2, p. 27-44, 27 ago. 2021. Salesian Polytechnic University of Ecuador. http://dx.doi.org/10.17163/lgr.n34.2021.02.

REIS NETO, A. S. d. Análise Espaço-temporal da vegetação do Manguezal no Rio Ceará, Ceará, Brasil. 2013. 103 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013.

ROY, S; MAHAPATRA, M; CHAKRABORTY, A. Mapping and monitoring of mangrove along the Odisha coast based on remote sensing and GIS techniques. Modeling Earth Systems and Environment, v. 5, n. 1, p. 217-226, 16 out. 2018. Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1007/s40808-018-0529-7.

SCHAEFFER-NOVELLI, Y; SORIANO-SIERRA, E. J; VALE, C. C; BERNINI, E; ROVAI, A. S; PINHEIRO, M. A. A; SCHMIDT, A. J; ALMEIDA, R; COELHO JÚNIOR, C; MENGHINI, R. P. Climate changes in mangrove forests and salt marshes. Brazilian Journal of Oceanography, v. 64, n. 2, p. 37-52, 2016. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1679-875920160919064sp2.

SHANMUGAM, P; AHN, Y. H; SANJEEVI, S. A comparison of the classification of wetland characteristics by linear spectral mixture modelling and traditional hard classifiers on multispectral remotely sensed imagery in southern India. Ecological Modelling, v. 194, n. 4, p. 379-394, abr. 2006. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.ecolmodel.2005.10.033.

SILVA, E. D. Evolução espaço-temporal do manguezal do estuário do rio são mateus empregando técnicas de sensoriamento remoto, 2010, tese (mestrado), UFES, Programa de pós-graduação em geografia.

SILVA, E. R. A; ASSIS, D. R. S; SILVA, J. F; MELO, J. G. S; GALVÍNCIO, D et al. Análise espaço-temporal das características do mangue urbano no estuário do Pina (Pernambuco). Revista Brasileira de Meio Ambiente. v.1, n.1. 030-038 ,2018.

SILVA, J. B. Sensoriamento remoto aplicado ao estudo do ecossistema manguezal em Pernambuco, Recife, 2012, 183 f, Tese (doutorado) - UFPE, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-graduação em Geografia, Recife, 2012.

SOUZA, B. B; MELO, J. D; CORREA, M; MOURA, A. O; SANTOS, F. F; GUIMARÃES, M. C; BARROS NETO, H. M. C. Sensoriamento Remoto Aplicado ao Mapeamento e Quantificação de Áreas de Manguezal no Estado de Sergipe. Caminhos de Geografia, [S.L.], v. 17, n. 57, p. 126-134, 11 mar. 2016. EDUFU - Editora da Universidade Federal de Uberlândia. http://dx.doi.org/10.14393/rcg175708.

ZAGATTO, B. P. Eu sou marisqueira, lavradora e quilombola: uma análise do processo de construção da identidade nas comunidades rurais do Guaí, Maragogipe, Bahia. 2011. N° 176. (Dissertação de mestrado- Programa de pós-graduação em antropologia) Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador (BA), 2011.

Arquivos adicionais

Publicado

2022-08-29

Como Citar

Silva Sousa , T., Duarte da Silva, N. ., de Souza Junior , L. C. ., da Silva Sousa, T. ., & da Silveira Fonseca , M. L. (2022). Análise espaço-temporal da área de vegetação de manguezal da RESEX Marinha Baía do Iguape (BA) no período de 1993 a 2021. Revista Geama, 8(2), 42–50. Recuperado de https://www.journals.ufrpe.br/index.php/geama/article/view/4876

Edição

Seção

ARTIGOS