Aprendizagem baseada em equipes em aulas de Química orgânica no ensino superior.

Autores

Palavras-chave:

Aprendizagem Baseada em Equipes, Química Orgânica, Aprendizagem Ativa

Resumo

Acreditando na eficiência de métodos de ensino que tornam os alunos ativos e protagonistas de seu próprio aprendizado, o principal objetivo desse trabalho foi avaliar, pela perspectiva do estudante, como uma associação entre métodos tradicionais de ensino e a metodologia ativa “Aprendizagem Baseada em Equipes” (ABE) impacta nesse estágio. Essa metodologia é previamente dependente do preparo individual de cada aluno e, após a constatação desse preparo por um primeiro teste, ocorreu formação de equipes, que deveriam aplicar os conceitos aprendidos na resolução de problemas. Após discussões e resoluções, esses receberam respostas imediatas através de gabaritos do tipo raspadinha. Quando os estudantes (Cursos de bacharelado e licenciatura em Química da Universidade Estadual de Londrina, turmas  das disciplinas de Química Orgânica II (2o ano), III e Análise Orgânica (4o ano) foram convidados a responder a um questionário de avaliação do método, observou-se impressões positivas dos alunos quanto à extensão do aprendizado e conteúdo abordado, sendo que a maioria (97,2%) concordou com a afirmação de que “a atividade ABE é uma boa ferramenta didática para auxiliar o aprendizado”. Ainda, 79,4% dos alunos acreditaram que o método ajudou na preparação para a prova, constituindo-se ferramenta importante para o preparo individual. Ao responderem de forma aberta sobre o que mais gostaram no método, muitos deles reafirmaram essa melhora na aprendizagem e no preparo para a prova.  De maneira divertida, portanto, buscou-se expandir o conhecimento adquirido nas aulas expositivas dialogadas, com a metodologia, além de aprimorar as habilidades de trabalho e tomadas de decisões em equipe.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carla Cristina Perez, Departamento de Química da Universidade Estadual de Londrina

Professora Adjunta B no Departamento de Química/Área de Química Orgânica da Universidade Estadual de Londrina - UEL

Referências

Aires-De-Sousa, João; Cardoso, Margarida M.; Ferreira, Luisa. M.; Lima, João C.; Noronha, João P.; Nunes, Ana V.M.; Nunes Da Ponte, Manuel. (2017) Team-Based Learning in Chemistry Courses with Laboratory Sessions. 3rd International Conference on Higher Education Advances, 1213–1218.

Anderson, Heidi. M. (1969) Audio-Visual Methods in Teaching.

Bardin, Laurence. (2011) Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Bollela, Valdes R.; Senger, Maria H.; Tourinho, Francis S.V.; Amaral, Eliana. (2014) Aprendizagem Baseada em Equipes: da teoria à prática. Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, 293-300.

Brasil. (2001) Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CES nº 1303, de 06 de novembro de 2001 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Química.

Brasil. (2002) Resolução CNE/CES nº 8, de 11 de março de 2002 que estabelece as diretrizes curriculares para os cursos de Bacharelado e Licenciatura em Química.

Casla, Alberto V.; Zubiaga, Isabel S. (2012) Aprendizaje En Un Entorno De Enseñanza Basada En La Resolución De Problemas. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 11 (1), 59–75, 2012.

Chung, Eun-Kyung; Rhee, Jung-Ae; Baik, Young-Hong; A, Oh-Sun. (2009) A. The effect of team- based learning in medical ethics education. Medical Teacher, 31 (11), 1013–1017.

Das, Saswati; Nandi, Kajal; Baruah, Priyanki; Sarkar, Sajib K.; Sarkar, Binita; Koner, Bidhan C. (2018) Is learning outcome after team based learning influenced by gender and academic standing? Biochemistry and Molecular Biology Education, 58–66.

Davis, Beverly; Summers, Michele. (2015) Applying Dale’s Cone of Experience to increase learning and retention: A study of student learning in a foundational leadership course. Science Proceedings, 2015 (4), 6.

Epstein (2019) Epstein Educational Interprise. Recuperado em 20 de novembro de 2019 de <http://www.epsteineducation.com/home/>

Evans, Hedeel G.; Heyl, Deborah L.; Liggit, Peggy. (2016) Team-Based Learning, Faculty Research, and Grant Writing Bring Significant Learning Experiences to an Undergraduate Biochemistry Laboratory Course. Journal of Chemical Education, 93 (6), 1027–1033.

Felder, Ricard M. (1996) Matters of Style. ASEE Prism, 6 (4), 18-23.

Flynn, Alison B. (2015) Structure and evaluation of flipped chemistry courses: Organic & spectroscopy, large and small, first to third year, English and French. Chemistry Education Research and Practice, 16 (2), 198–211.

Frame, Tracy R.; Cailor, Stephanie M.; Gryka, Rebecca J.; Chen, Aleda M.; Kiersma. Mary E.; Sheppard, Lorin. (2015) Student perceptions of team-based learning vs traditional lecture-based learning. American Journal of Pharmaceutical Education, 79 (51), 1-11.

Haidet, Paul; Kubitz, Karla; Mccormack, Wayne T. (2014) Analysis of the Team-Based Learning Literature: TBL Comes of Age. Journal on excellence in college teaching, 25 (3–4), 303–333.

Hockings, Susan C.; Deangelis, Karen J.; Frey, Regina F. (2008) Peer-Led Team Learning in General Chemistry: Implementation and Evaluation. Journal of Chemical Education, 85 (7), 990.

Krug, Rodrigo De R.; Vieira, Maria S. M.; Maciel, Marcus V. De A. E; Erdmann, Thomas R.; Vieira, Fábio, C. de F.; Koch, M. C.; Grosseman, Suely. (2016) O “Bê-Á-Bá” da Aprendizagem Baseada em Equipe. Revista Brasileira de Educação Médica, 40 (4), 602–610.

Júlio, Josimeire; Vaz, Arnaldo & Fagundes, Alexandre. (2011) Atenção: alunos engajados - análise de um grupo de aprendizagem em atividade de investigação. Ciência & Educação, 17 (1), 63-81.

Likert, Rensis. (1932) “Technique for the Measurement of Attitudes, A”. Archives of psychology, 140, 1–55.

Liu, Yujuan; Raker, Jeffry R.; Lewis, Jennifer E. (2018) Evaluating student motivation in organic chemistry courses: moving from a lecture-based to a flipped approach with peer-led team learning. Chemistry Education Research and Practice, 19 (1), 251–264.

Macedo, Kelly D. da S.; Acosta, Beatriz S.; Silva, Ethel B. Da; Souza, Neila S. S.; Beck, Carmem, L. C.; Silva, Karla K. D. (2018) Active learning methodologies: possible paths to innovation in health teaching. Escola Anna Nery, 22 (3), 1–9.

Santos, F. M. dos. (2012) Análise de Conteúdo: A visão de Laurence Bardin. Revista eletrônica de Educação, 6 (1), 383–387.

Stockwell, Brent R.; Stockwell, Melissa S.; Jiang, Elise. (2017) Group Problem Solving in Class Improves Undergraduate Learning. ACS Central Science, 3 (6), 614–620.

TEAM BASEAD LEARNINGTM COLABORATIVE, c2019. Recuperado em 20 de novembro de 2019 de< http://www.teambasedlearning.org/>

Vieira, Kelmara M.; Dalmoro, Marlon. (2008) Dilemas na Construção de Escalas Tipo Likert: o Número de Itens e a Disposição Influenciam nos Resultados? Revista Gestão Organizacional, 2000, 1–16.

Williams, Jacob L.; Miller, Martin E.; Avitabile, Brianna. C.; Burrow, Dillon L.; Schimittou, Allison N.; Mann, Meagan K.; Hiatt, Leslie A. (2017) Teaching Students To Be Instrumental in Analysis: Peer-Led Team Learning in the Instrumental Laboratory. Journal of Chemical Education, 94 (12), 1889–1895.

Wilson, Sarah B.; Varma-Nelson, Pratibha. (2016) Small Groups, Significant Impact: A Review of Peer-Led Team Learning Research with Implications for STEM Education Researchers and Faculty. Journal of Chemical Education, 93 (10), 1686–1702.

Wilson, Sarah B.; Varma-Nelson, Pratibha. (2018) Characterization of First-Semester Organic Chemistry Peer-Led Team Learning and Cyber Peer-Led Team Learning Students’ Use and Explanation of Electron-Pushing Formalism. Journal of Chemical Education, 96, 25–34.

Downloads

Publicado

2021-08-07

Como Citar

Perez, C. C. (2021). Aprendizagem baseada em equipes em aulas de Química orgânica no ensino superior. Revista Debates Em Ensino De Química, 7(1), 201–221. Recuperado de https://www.journals.ufrpe.br/index.php/REDEQUIM/article/view/3111

Edição

Seção

Debates em Ensino e Aprendizagem da Química