Resposta do tomate cereja à adubação organomineral para incremento na produtividade

Autores

  • Letícia Lopes de Oliveira Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
  • Gabriel dos Santos Cardoso
  • Priscila Kelly Barroso Farnezi
  • Letícia Aparecida Luiz de Azevedo
  • André Cabral França

DOI:

https://doi.org/10.24221/jeap.8.2.2023.4966.054-061

Palavras-chave:

Solanum lycopersicum, liberação lenta, fertilizantes

Resumo

Na cultura do tomate é notório a necessidade de otimização da produção pela alta demanda de nutrientes e tratos culturais. Atendendo esta demanda, surge o organomineral como alternativa tecnológica para a nutrição e a produção de plantas. Sendo assim, o estudo avaliou o crescimento da planta, a produção e o pós-colheita do tomate cereja submetido a diferentes dosagens de organomineral peletizado, nas porcentagens de 0%, 40%; 80%; 160% e 320% e um tratamento mineral (NPK), ambos fornecidos conforme a necessidade da cultura. Avaliou-se variáveis de crescimento das plantas, acúmulo de matéria seca da parte aérea e sistema radicular, variáveis fisiológicas e produtividade das plantas, presença de cacho floral, peso dos frutos e tempo de prateleira de tomate cereja. Observou-se que a oferta do organomineral à cultura do tomate, obteve-se as melhores médias para o tratamento na proporção de 40% no crescimento da planta, aspectos fisiológicos e para o tempo de prateleira. Contudo, para os valores de produtividade, o tratamento com organomineral 80% obtiveram resultados superiores aos demais tratamentos. Na curva característica de regressão para as doses de organomineral para a variável produtividade, determinou-se como dose ideal o percentual de 193% da dose recomendada de adubação NPK para produção de frutos. O tomateiro apresenta alta exigência nutricional, e os resultados encontrados elucidam que a nutrição com organomineral, principalmente nas doses de 40% e 80% da adubação recomendada, permite que o tomateiro absorva os nutrientes de forma mais eficiente, favorecendo o crescimento da cultura, a produtividade e a qualidade pós-colheita.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABH - Associação Brasileira de Horticultura. Tomate Cereja – Sabor e Rentabilidade no mesmo produto. Disponível em: http://www.abhorticultura.com.br/News/. Acesso em: 28 de fevereiro de 2022.

Acosta-Motos, J. R.; Ortuño, M. F.; BernaL-Vicente, A.; Diaz-Vivancos, P.; Sanchez-Blanco, M. J.; Hernandez J. A. 2017. Plant responses to salt stress: adaptive mechanisms. Agronomy, 7, 1-18.

Aguiar, F. P. C.; Abrahão, R. M. S.; Anjos, V. D. A.; Benato, E. A. 2018. Determinação da vida útil de tomate tipo cereja e ‘sweet grape’. Embrapa, 12.

Aguiar, F. R.; França, A. C.; Cruz, R. S.; Sardinha, L. T.; Machado, C. M. M.; Ferreira, B. O.; Araújo, F. H. 2021. Produção e qualidade de beterrabas submetidas a diferentes manejos de adubação e efeito residual na produção de milho cultivado em sucessão. Journal of Environmental Analysis and Progress, 64, 060-070.

Alvarez, V. V. H.; Ribeiro, A. C. 1999. Calagem. In: Ribeiro, A. C.; Guimarães, P. T. G.; Alvarez V. V. H. Recomendação para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5ª aproximação. Viçosa, MG, CFSEMG, 359p.

Araújo, L.; Silva, K. J. P.; Lemos, L. M. C.; Milagres, C. C.; Cardoso, D. S. C. P.; Alves, L. C.; Pereira, P. R. G.2013. Tomate cereja cultivado em diferentes concentrações de solução nutritiva no sistema hidropônico capilar. Revista Unimontes Científica, 15, 18-27.

EMBRAPA. 2013. Sistema brasileiro de classificação de solos. 3.ed. Brasília. 353p.

Dias, G.; Obino, T.; Siqueira, D.; Bicca M. O. 2020. Doses de adubo para produção de mudas de tomate (Solanum Lycopersicum). Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, 11, 14.

Fageria, N. K.; Moreira, A.; Coelho, A. M. 2011. Yield and yield components of upland rice as influenced by nitrogen sources. Journal of Plant Nutrition, 34, 361-370.

Fageria, N. K.; Stone, L. F. 2006. Physical, chemical, and biological changes in the rhizosphere and nutrient availability. Journal of Plant Nutrition, 29, (7), 1327-1356.

Farnezi, P. K. B.; Oliveira, L. L.; Sardinha, L. T.; França, A. C.; Machado, C. M. M.; Macedo, L. A. 2020. Produção e caracterização fisico-quimica de morango (Fragaria X Ananassa Duch) sob diferentes fontes de adubação fosfatada. Brazilian Journal of Development, 6, (9), 65051-65066.

Fernandes, P. H.; Porto, D. W. B.; França, A. C.; Franco, M. H. R.; Machado, C. M. M. 2020. Uso de fertilizantes organominerais fosfatados no cultivo da alface e de milho em sucessão. Brazilian Journal of Development, 6, (6), 1-14.

Ferreira M. E.; Castellane P. D.; Cruz M. C. P. 1990. Nutrição e adubação de hortaliças. Simpósio sobre nutrição e adubação de hortaliças, Jaboticabal-SP: Potafós. 480p.

Guedes, R. A. A.; Oliveira, F. A.; Alves, R. C.; Medeiros, A. S.; Gomes, L. P.; Costa, L. P. 2015. Estratégias de irrigação com água salina no tomateiro cereja em ambiente protegido. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 19, 913-919.

Guerreiro, D.; Madureira, J.; Silva, T.; Melo, R.; Santos, P. M.; Ferreira, A.; Verde, S. C. 2016. Post-harvest treatment of cherry tomatoes by gamma radiation: Microbial and physicochemical parameters evaluation. Innovative Food Science and Emerging Technologies, 36, 1-9.

Lana, R. M. Q.; Franco, M. H. R.; Magela, M. L. M.; Gontijo, L. N. 2020. Potencialidades dos fertilizantes organominerais. Revista campo e negócios. Disponível em: https://revistacampoenegocios.com.br/potencialidades-dos-fertilizantes-organominerais/. Acesso em: 17 de março de 2022.

Lima, G. S.; Santos, J. B.; Soares, L. A. A.; Gheyi, H. R.; Nobre, R. G.; Pereira, R. F. 2016. Irrigação com águas salinas e aplicação de prolina foliar em cultivo de pimentão ‘All Big’. Comunicata Scientiae, 7, 513-522.

Medeiros, P. R. F.; Duarte, S. N.; Uyeda, C. A.; Silva, E. F. F. 2012. Tolerância da cultura do tomate à salinidade do solo em ambiente protegido. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 16, 51-55.

Nannetti, D. C. 1999. Cultura do Morango. In: Ribeiro, A. C.; Guimarães, P. T. G.; Alvarez, V. H. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais - 5 Aproximação. 5. ed. Viçosa, MG. pp. 198-199.

Pereira, R. B.; Melo, R. A. C.; Morais, A. A. 2018. Requeima do tomateiro. Nosso Alho, 28, 52-56.

Profiro, F. P. 2015. Manual do técnico Geociclo coordenação de produção, 47p.

Safdar, H.; Amin, A.; Shafiq, Y.; Ali, A.; Yasin, R.; Shoukat, A.; Hussan, M. U.; Sarwar, M. I.2019. A review: Impact of salinity on plant growth. Nature and Science, 17, 34-40.

Silva, A. L. P.; Silva, A. P.; Souza, A. P.; Santos, D.; Silva, S. M., Silva, V. B. 2012. Resposta do abacaxizeiro ‘Vitória’ a doses de nitrogênio em solos de tabuleiros costeiros da Paraíba. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 36, (2), 447-456.

Silva, T. O.; Menezes, R. S. C. 2007. Adubação orgânica da batata com esterco e, ou, Crotalaria juncea. Disponibilidade de N, P e K no solo ao longo do ciclo de cultivo. Revista brasileira de Ciência do Solo, 31, 51-61.

Souza, J. T.; Nunes, J. C.; Cavalcante, L. F.; Nunes, J. A. S.; Pereira, W. E.; Freire, J. L. O. 2018. Effects of water salinity and organomineral fertilization on leaf composition and production in Passiflora edulis. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 22, (8), 535-540.

Torres, D. M. S. V. R. 2019. Residual de nutrientes no solo com fertilizante organomineral após cultivo de hortaliças. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. 41p.

Publicado

2023-05-08

Como Citar

Oliveira, L. L. de, Cardoso, G. dos S. ., Farnezi, P. K. B., Azevedo, L. A. L. de ., & França, A. C. (2023). Resposta do tomate cereja à adubação organomineral para incremento na produtividade. Journal of Environmental Analysis and Progress, 8(2), 054–061. https://doi.org/10.24221/jeap.8.2.2023.4966.054-061