Longevidade de larvas infectantes de Haemonchus sp. em duas alturas de pasto de Brachiaria brizantha cv. Marandu

Autores

  • Paula Mara Ribeiro Troncha Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia-MG, Brasil.
  • Manoel Eduardo Rozalino Santos Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia-MG, Brasil.
  • Rosilene de Fátima Moreira Mota Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia-MG, Brasil.
  • Ariel Mendes de Resende Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia-MG, Brasil.
  • Fernanda Rosalinski-Moraes Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia-MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.26605/medvet-v13n4-3664

Palavras-chave:

larva de terceiro estádio, microclima, migração, parasita gastrintestinal

Resumo

O objetivo deste trabalho foi quantificar a recuperação de larvas infectantes de Haemonchus sp. em capim Marandu (Brachiaria brizantha), no período da seca (inverno) e das chuvas (verão) ao longo do tempo; bem como verificar se a altura do pasto influenciou neste tempo de sobrevivência. O experimento foi conduzido em Uberlândia, durante os meses de agosto a novembro de 2014 (seca) e janeiro a março de 2015 (chuvas). Foram considerados dois tratamentos (alturas de pasto 10 e 35cm), com coleta de amostras nos dias 0, 7, 14, 28, 42, 56 e 70 dias. Houve contaminação experimental de parcelas com fezes de caprinos com média de 1600 ovos de estrongilídeos por grama (OPG). Foi realizada amostragem por cortes dos estratos inferior e superior do capim. Houve maior número de larvas recuperadas no estrato inferior no inverno (p<0,05). Não houve diferença no número de larvas recuperadas dos diferentes estratos no verão, nem entre as diferentes alturas de pasto (p>0,05). Foram encontradas larvas até o 42o dia no período chuvoso e até o fim do trabalho durante a seca, com maior quantidade de larvas (p<0,05) no 7º e 14º dia pós-contaminação. Pode se inferir a necessidade de estudos para maior conhecimento da influência das variáveis microclimáticas do pasto nas larvas infectantes de nematódeos.

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Publicado

08-07-2020

Como Citar

Troncha, P. M. R., Santos, M. E. R., Mota, R. de F. M., Resende, A. M. de, & Rosalinski-Moraes, F. (2020). Longevidade de larvas infectantes de Haemonchus sp. em duas alturas de pasto de Brachiaria brizantha cv. Marandu. Medicina Veterinária, 13(4), 552–558. https://doi.org/10.26605/medvet-v13n4-3664

Edição

Seção

Medicina Veterinária Preventiva