Linfoma cutâneo epiteliotrópico com característica mucocutânea em um canino da raça Yorkshire Terrier: relato de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26605/medvet-v19n2-7055

Palavras-chave:

despigmentação, imuno-histoquímica, mucosas, oncologia

Resumo

Linfoma cutâneo é um tumor linfoide que se caracteriza pela proliferação clonal de células linfoides neoplásicas nos estratos superficiais ou profundos da pele, pode ser classificado em epiteliotrópico e não-epiteliotrópico, sendo a forma epiteliotrópica a mais prevalente. A enfermidade tem caráter maligno, progressivo e sinais clínicos particulares: lesões cutâneas serpiginosas e eritematosas, focais ou disseminadas, além de poder ter apresentação atípica, com lesões focalmente em mucosas. Objetivou-se relatar um caso de linfoma epiteliotrópico com característica mucocutânea em uma cadela da raça Yorkshire Terrier de seis anos de idade, com histórico clínico de dermatite atópica. A paciente foi submetida a biópsia incisional com auxílio do punch na região perilabial e focinho. Os achados histopatológicos foram inconclusivos e a análise imuno-histoquímica concluiu o diagnóstico de linfoma cutâneo epiteliotrópico de imunofenótipo T/NK. Como tratamento quimioterápico, foi instituída a lomustina, por via oral (VO), a cada 21 dias, associada à prednisolona e ômega-3, uma vez ao dia (SID) até novas recomendações. Nove dias após a quimioterapia, o animal apresentou hipertermia (40,6°C) e o hemograma acusou intensa panleucopenia, com 200 leucócitos totais. Após a estabilização do quadro, os tutores optaram pela suspensão do uso deste fármaco permanentemente, sendo mantido o uso da prednisolona de forma contínua. Por conta da progressão negativa da neoplasia e prognóstico desfavorável, a paciente, após quatro meses de tratamento paliativo, foi a óbito.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Aslan, J.; Shipstone, M.A.; Sullivan, L.M. Treatment of canine cutaneous epitheliotropic T-cell lymphoma with oclacitinib: a case report. Veterinary Dermatology, 32(4): 398, 2021.

Bernabe, L.F. et al. Evaluation of the adverse event profile and pharmacodynamics of toceranib phosphate administered to dogs with solid tumors at doses below the maximum tolerated dose. BMC Veterinary, 9(190): 1-10, 2013.

Chan, C.M.; Frimberger, A.E.; Moore, A.S. Clinical outcome and prognosis of dogs with histopathological features consistent with epitheliotropic lymphoma: a retrospective study of 148 cases (2003–2015). Veterinary Dermatology, 29(2): 154-159, 2018.

Daleck, C.R.; De Nardi, A.B. Oncologia em cães e gatos. 2a ed. Rio de Janeiro: Roca, 2016. 766p.

De Lorimier, L. P. Updates on the management of canine epitheliotropic cutaneous T-cell lymphoma. Veterinary Clinics - Small animal practice, 36(1): 213-228, 2006.

Dettwiler, M. et al. Prognostic clinical and histopathological features of canine cutaneous epitheliotropic T-cell lymphoma. Veterinary Pathology, 60(2): 162–171, 2023.

Fontaine, J. et al. Canine cutaneous epitheliotropic T-cell lymphoma: a review. Veterinary and Comparative Oncology, 7(1): 1-14, 2009.

Kristal, O. et al. Hepatotoxicity associated with CCNU (Lomustine) chemotherapy in dogs. Journal of Veterinary Internal Medicine, 18(1): 75-80, 2004.

Laprais, A.; Olivry, T. Is CCNU (lomustine) valuable for treatment of cutaneous epitheliotropic lymphoma in dogs? A critically appraised topic. BioMed Central Veterinary Research, 13(1): 61, 2017.

Mazaro, R.D. et al. Epidemiological, anatomopathological, and immunophenotypical aspects of cutaneous lymphomas in dogs. Pesquisa Veterinária Brasileira, 43(07124): 1–16, 2023.

Miller, W.H.; Griffin, C.E.; Campbell, K. Tumors of lymphoid Origem. In: Muller and Kirk’s small animal dermatology. 7th ed. Philadelphia: W.B. Saunders, 2013. p. 810-840.

Nelson, R.W.; Couto, G.C. Medicina interna de pequenos animais. 5ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 1512p.

Risbon, R.E. et al. Response of Canine Cutaneous Epitheliotropic Lymphoma to Lomustine (CCNU): a retrospective study of 46 dogs (1999-2004). Journal of Veterinary Internal Medicine, 20(6): 1389–1397, 2006.

Rook, K.A. Canine and feline cutaneous epitheliotropic lymphoma and cutaneous lymphocytosis. The Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, 49(1): 67–81, 2019.

Souza, T.M. et al. Estudo retrospectivo de 761 tumores cutâneos em cães. Ciência Rural, 36(2): 555-560, 2006.

Valli, V.E.O. et al. Classification of canine malignant lymphomas according to the World Health Organization criteria. Veterinary Pathology, 48(1): 198-211, 2011.

Valli, V.E.O. et al. Pathology of domestic animals. 6th ed. St. Louis: Elsevier, 2016. p.102-268.

Yancey, M.F. et al. Distribution, metabolism, and excretion of toceranib phosphate (Palladia, SU11654), a novel tyrosine kinase inhibitor, in dogs. Journal of Veterinary Pharmacology and Therapeutics, 33: 154–161, 2010.

Downloads

Publicado

01-09-2025

Como Citar

Santos, I. G. L. dos, Freitas, I. de A., Andrade, L. S. S. de, Pontes, L. M. de S., & Ribeiro, R. C. dos S. (2025). Linfoma cutâneo epiteliotrópico com característica mucocutânea em um canino da raça Yorkshire Terrier: relato de caso. Medicina Veterinária, 19(2), 143–149. https://doi.org/10.26605/medvet-v19n2-7055

Edição

Seção

Clínica e cirurgia de pequenos animais

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)