Serendipidade e Arte na Educação em Química: Apresentando a WikiArt, uma Enciclopédia de Artes Visuais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53003/redequim.v9i4.4902

Palavras-chave:

Cultura digital., Interdisciplinaridade, Ensino de química, História e filosofia das ciências.

Resumo

A cultura escolar tem cada vez mais espelhado as mudanças trazidas pela massificação das tecnologias digitais, modificando hábitos de aprendizagem e de ensino junto com o estabelecimento de uma fluída cultura digital. Diversos artigos acadêmicos têm enfatizado a variedade de aplicativos, de mídias digitais e de redes sociais que podem ser usadas em abordagens conceituais ou temáticas para o ensino de química. Neste artigo, apresentamos um aplicativo (ou site da Internet) de enciclopédia visual – a WikiArt – que pode vir a ser usado como fonte de consulta, de descobertas e de encantamentos para propostas de ensino de caráter interdisciplinar entre as Ciências da Natureza (particularmente química) e as Artes Plásticas. Além disso, buscamos exemplificar o papel da serendipidade no encontro de expressões artísticas dos mundos possíveis do universo invisível. Por fim, sugerimos que essa aproximação interdisciplinar pode auxiliar na tematização de discussões em história e filosofia da química (ou das ciências).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tatiana Zarichta Nichele Eichler, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

UFRGS

Marcelo Leandro Eichler, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

UFRGS

José Claudio Del Pino, Universidade do Vale do Taquari

UNIVATES

Referências

Bedin, Everton, & Almeida, Caroline. M. M. (2021). Facebook como proposta didático-pedagógica para a emersão dos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais no ensino de química. Revista Prática Docente, 6(2), e057.

Beltrami, Ariete N. (2009). Proezas Alquímicas: a ciencia e o exoterismo de Dário Vellozo na Terra das Araucárias. Dissertação de Mestrado em História Cultural, Departamento de História, Universidade de Brasília. Brasília.

Besant, Annie, & Leadbeater, Charles W. (1919). Occult Chemistry. Londres: Sinnett.

Carvalho, Jose? J. (1998). Antropologia e Esoterismo: dois contradiscursos da modernidade. Horizontes Antropolo?gicos, 4(8), 53-71.

Cruz, Anna Carolina C. (2019). Hilma af Klint: do espi?rito à mate?ria. Palíndromo, 11(24), 42-58.

Eichler, Tatiana Z. N., Araújo, Ione C., & Eichler, Marcelo L. (2017). A curadoria no Pinterest como transcriação da representação e do imaginário acerca do átomo. RENOTE – Revista Novas Tecnologias na Educação, 15(1), 1-13.

Eichler, Tatiana Z. N., & Eichler, Marcelo L. (2017). A rede social Pinterest e a curadoria na educação científica: O exemplo do surrealismo de Dalí. In: XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), Florianópolis/SC.

Eichler, Tatiana Z. N., & Eichler, Marcelo L. (2018). A química sob(re) o corpo em Dalí e em Rabarama. Educação Química en Punto de Vista, 2(1), 173-198.

Eichler, Tatiana Z. N., & Eichler, Marcelo L. (2021). Química e arte no processo de curadoria educacional. Debates em Educação, 13(2), 216-243.

Erdelez, Sanda (2004) Investigation of information encountering in the controlled research environment. Information Processing and Management, 40, 1013-1025.

Fine, Garry A., & Deegan, James G. (1996). Three principles of Serendip: Insight, chance, and discovery in qualitative research. Qualitative Studies in Education, 9(4), 434-447.

Ford, Nigel, & Foster, Allen (2003). Serendipity and information seeking: an empirical study. Journal of Documentation, 59(3), 321-340.

Forostecki, Lediany, & Santin Filho, Ourides (2014). Os químicos ocultos e sua extraordinária jornada ao mundo dos átomos. Química Nova, 37(1), 186-193.

Garcia, Marilene S. S., & Czeszak, Wanderlucy (2019). Curadoria Educacional: Práticas pedagógicas para tratar (o excesso de) informação e fake news em sala de aula. São Paulo: SENAC.

Lima, Luciana, Loureiro, Robson C., & Teles, Gabriela (2017). Interdisciplinaridade e tecnologias digitais na transformação da compreensão de docência. Revista Iberoamericana de Educación en Tecnología y Tecnología en Educación, 20, 16-27.

Marengo, Lucia, Fazekas, György, & Tombros, Anastasios (2017) The interaction of casual users with digital collections of visual art. An exploratory xtudy of the WikiArt website. In: Stephanidis C. (ed.) HCI International 2017 – Posters' Extended Abstracts. HCI 2017. Communications in Computer and Information Science, 714, 583-590.

Midavaine, BreeAnn (2015). Hilma af Klint: The Medium of Abstraction. Dissertação de Mestrado em História da Arte e Design (Science History of Art and Design), School of Liberal Arts and Sciences, Pratt Institute, New York, United States of America.

Moy, Cheryl L., Locke, Jonas R., Coppola, Brian P., & McNeil, Anne J. (2010). Improving science education and understanding through editing Wikipedia. Journal of Chemical Education, 87(11), 1159-1162.

Morrison, Mark (2009). Occult Chemistry and the Theosophical Aesthetics of the Subatomic World. Revue D’art Canadienne/Canadian Art Review, 34(1), 86-97.

Nogueira, Hamilton G., Gonçalves, Berenice S., & Pereira, Alice T. C. (2015). Interação reativa e subjetividade em sites de redes sociais. Ergodesign & HCI, 3(2), 38-45.

Oliveira, Julie C. S., Nichele, Aline G. (2019). O uso do Facebook como ambiente virtual de aprendizagem no ensino de Química Orgânica em língua inglesa. Revista Novas Tecnologias na Educação, 17(3), 1-11.

Owens, Trevor (2016). Curating in the open: A case for iteratively and openly publishing curatorial research on the Web. Curator: The Museum Journal, 59(4), 427-442.

Paczkowski, Ingrid M., & Passos, Camila G. (2019). Whatsapp: uma ferramenta pedagógica para o ensino de Química. Revista Novas Tecnologias na Educação, 17(1), 1-10.

Parchen, Charles E., Freitas, Cinthia O. A., & Efing, Antônio C. (2019). Serendipidade e livre-arbítrio na Era da Informação Digital. Revista da Faculdade de Direito do Sul de Minas, 35(2), 407-427.

Pearce, Nick, & Learmonth, Sarah (2013). Learning beyond the classroom: evaluating the use of Pinterest in learning and teaching in an introductory anthropology class. Journal of Interactive Media in Education, 12, 1-10.

Pereira, Bianca D., & Pinheiro, Paulo C. (2020). Desenvolvimento de Prática Formativa para o Letramento Digital Crítico e Investigação de seus Efeitos em um Grupo de Licenciandos em Química. Ciência & Educação, 26, e20031.

Pereira, Jocimario A., Silva Junior, Jairo F., & Leite, Bruno S. (2021). O uso do WhatsApp® na educação: análise do aplicativo no ensino de química. Revista Debates em Ensino de Química, 7(1), 262–280.

Pereira, Jocimario A., Silva Junior, Jairo F., & Silva, Everton V. (2019). Instagram como ferramenta de aprendizagem colaborativa aplicada ao ensino de química. Revista Debates em Ensino de Química, 5(1), 119–131.

Pereira, Waldecyr C. A. (1979). O método heurístico de pesquisa. Journal of Sudamerican Medicine, 1(1), 21-27.

Pirrone, Roberto, Cannella, Vicenzo, Gambino, Orazio, Pipitone, Arianna, & Russo, Giuseppe (2009). WikiArt: An Ontology-Based Information Retrieval System for Arts. In: 2009 IEEE – International Conference on Image Processing (ICIP). Disponível em: <https://ieeexplore.ieee.org/abstract/document/5364101/?. Acesso em: 24 nov. 2021.

Remer, Theodore G. (1965). Serendipity and the Three Princes, from the Peregrinaggio of 1557. Oklahoma: Oklahoma Press.

Rivoal, Isabelle, & Salazar, Noel (2013). Contemporary ethnographic practice and the value of serendipity. Social Anthropology, 21(2), 178-195.

Sarriugarte-Gómez, Iñigo (2019). Mediumnismo y arte. El caso de Hilma af Klint: de la mano dirigida a la mano intuitiva. La Colmeia, 102, 85-103.

Selwyn, Neil, & Stirling, Eve (2016). Social media and education… now the dust has settleds. Learning, Media and Technology, 41(1), 1-5.

Solomon, Yosef, & Bronstein, Jenny (2016). Serendipity in legal information seeking behavior. Aslib Journal of Information Management, 68(1), 112-134.

Souza, Luciane B. (2019). A Estética do Ser-Ímã de Hilma af Klint: um amálgama entre a Ciência e a Ficção. Jangada, 1(14), 20–38.

Souza, Taynara, Borges, Fabrício A., & Barro, Mario R.(2020). Características das videoaulas mais populares dos canais de química do YouTube Edu. Revista Virtual de Química, 12(4), 981-992.

Tan, Wei R., Chan, Chee S., Aguirre, Hermán E., & Tanaka, Kiyoshi. (2016). Ceci n'est pas une pipe: a deep convolutional network for fine-art paintings classification. In: 2016 IEEE – International Conference on Image Processing (ICIP). Disponível em: <https://ieeexplore.ieee.org/abstract/document/7533051?. Acesso em: 24 nov. 2021.

van Andel, Pek (1994). Anatomy of the unsought finding. Serendipity: Origin, history, domains, traditions, appearances, patterns and programmability. British Journal for the Philosophy of Science, 45(2), 631-648.

Vechiato, Fernando L., & Farias, Gabriela B. (2020). Serendipidade no Contexto da Ciência da Informação: perspectivas para os estudos com sujeitos informacionais. Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, 25, 1-23.

Volz, Jochen, & Birnbaum, Daniel (2018). Exposição Hilma af Klint: mundos possíveis. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo.

Walker, Martin A., & Li, Ye (2016). Improving information literacy skills through learning to use and edit Wikipedia: A chemistry perspective. Journal of Chemical Education, 93(3), 509–515.

Wilson, Tom D. (1999). Models in information behaviour research. Journal of Documentation, 55(3), 249-270.

Wilson, Tom D. (2000). Human information behaviour. Informing Science, 3(2), 49-55.

Downloads

Publicado

2023-12-31

Como Citar

Zarichta Nichele Eichler, T., Eichler, M. L., & Del Pino, J. C. (2023). Serendipidade e Arte na Educação em Química: Apresentando a WikiArt, uma Enciclopédia de Artes Visuais. Revista Debates Em Ensino De Química, 9(4), 92–106. https://doi.org/10.53003/redequim.v9i4.4902

Edição

Seção

Debates em Divulgação Científica, Artes e Espaços Não Formais